23.4.06

Platôs, Dumping e Retenção de Líquidos




Seria mais interessante se eu tivesse começado esse blog antes da cirurgia ou por volta da realização da mesma. Mas, somente comecei a entrar nesse mundo há pouco tempo. Enfim...

Bom, tenho percebido que ao longo desses três meses, de quando em vez eu fico uma semana ou duas com o mesmo peso - o famoso platô. Não posso esconder que isso me deixa bem chateada. No fim de março, por exemplo, eu tava com 93,2 kg. Fui me pesar no dia 07 ABR e lá estava os mesmos 93,2. Fui no dia 12 ABR e tava lá os mesmos 93,2 kg. Quer dizer, eu fiquei cerca de 15 dias no mesmo peso. Ainda bem que no dia 15 eu tava com 92 e ontem eu me pesei e diminui mais 1, ou seja, estou com 91 kg. Nessas duas semanas a retenção de líquidos foi grande, as pernas incharam e a região abdominal também.

Meu primeiro platô foi próximo ao carnaval, mais ou menos 45 dias após a cirurgia. Foi quando estacionei nos 100 kg. Tanto que eu queria sair dos três dígitos... Demorou duas semanas e finalmente começou a fluir.

Os primeiros 30 dias só com líquidos foram muito tranqüilos, mas com a entrada dos sólidos foram aparecendo as intolerâncias, os refluxos e o dumping. Logo no início, tudo que eu comia ou tomava me dava mal-estar, enjôo e náusea. Muitas vezes precisei me deitar e a dor de cabeça só passava 40 min ou 1 h depois.

Aos poucos, fui percebendo quais realmente eram os alimentos que me davam dumping - especialmente açúcares (tipo sucos doces). Alimentos feitos no óleo também não desciam redondo. Uma vez fui tomar leite e... tudo pra fora. Tudo que é derivado do leite começou a não entrar bem, leite, queijos e até os iogurtes light que tomava bem durante os primeiros meses.

Até hoje, o dumping acontece, só que tenho conseguido evitá-lo por escolher melhor os alimentos. Se bem que evitar comer certas coisas vai acumulando um pouco de stress o qual tenho que desabafar de alguma forma, geralmente chorando. Às vezes começo a chorar do nada e quando páro, me sinto melhor. É só mesmo uma forma de alívio.

Não posso deixar de mencionar o meu amorzinho, Jamerson, que tem sido bastante importante nessa minha fase de adaptação, principalmente quando choro "sem motivo". Às vezes, ele nem sabe o que me dizer, mas tá ali junto comigo tentando compreender o que estou sentindo.

É isso aí, aos poucos irei escrever sobre esses três meses que se passaram e o dia-a-dia.

Até!

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