4.7.06

O refrigerante e a psicóloga - hábitos

Falei hoje com a psicóloga sobre minhas brigas com o refrigerante. Disse a ela que estava me viciando em refri light e todo dia sentia vontade de beber e cedia. Como da semana passada pra cá, eu passei tentando evitar, fiquei muito ansiosa pois aí é que a vontade vem e você fica tentando não ceder e fica a briga da "vontade" (água na boca) de beber com a "vontade" (consciência) de não beber.

Ela me perguntou quanto eu bebia por dia? Eu disse: "Geralmente meia latinha e às vezes uma toda". Ela pergunta: "Light ou normal?" E eu: "Sempre o light, aprendi a gostar e agora acho a outra muito doce".

"Mas Priscila, você acha que meia latinha por dia ou mesmo uma toda é vício?"

E então desenvolvemos uma conversa em torno do que é realmente um vício diferenciando daquelas coisas que fazemos que são simplesmente HÁBITOS.

Na nossa vida nós desenvolvemos alguns hábitos. Por exemplo, tomamos no café da manhã certos tipos de alimentos que sempre se repetem. Variamos algumas coisinhas, mas estamos sempre repetindo as sequências. No almoço também. Variamos algumas coisas, mas o feijão, o arroz, a carne e a salada estão sempre lá quase que 5 dias sim um dia não. Todos os dias pegamos o mesmo caminho para irmos para o trabalho, mesmo havendo outros. Esses são hábitos que desenvolvemos e não vícios. Os hábitos dão segurança ao indivíduo. Todos nós temos nossas rotinas e não são vícios por que são rotina.

O refrigerante light é uma válvula de escape para pessoas que estão em dieta com restrições alimentares. Graças a Deus existem essas válvulas e, para o nosso bem, LIGHT.

A psicóloga me disse com todas as letras que o que eu tinha não era nada mais do que um hábito e salientou que o importante é não estar "brigando" e criando ansiedades por conta de coisas que realmente não valem a pena. Ela me incentivou a tomar meu refri numa boa, mantendo essa quantidade e não ficar "brigando" com ele ou revoltada porque quero ele.

Falei que tava tentando evitar por causa de celulite e retenção de líquidos. Ela disse que se eu fosse encasquetar com tudo que o povo fala que faz mal eu teria que evitar: carnes, laticínios, enlatados, frituras, gorduras, doces, verduras e grãos por causa dos agrotóxicos, carne branca por causa dos hormônios, ou seja, eu só ia tomar água. Enfim, concluiu dizendo: "Priscila, remédio mata e remédio cura. A diferença no resultado está na quantidade que se ingere. Se você está tomando sua latinha de refri, tome numa boa. Não brigue com você mesma".

Gostei muito do papo de hoje e pra comemorar nada melhor do que ir almoçar agora e, de quebra, tomar o velho refri light - sem stress.

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