18.11.11

Crise do aluguel

Aqui em Recife vem acontecendo um super aquecimento imobiliário e todo mundo está querendo vender ou alugar seus imóveis a preços altíssimos. O que antes era 90000 ou 100000, agora estão pedindo 250000 ou 270000. Os aluguéis estão muito caros também. Agora em Novembro é época da renovação do nosso aluguel do apartamento e simplesmente o corretor sugeriu um preço que representa cerca de 35% de aumento. Entramos em crise. A renovação deveria ser apenas pelo índice IGP-M (cerca de 8%), mas ninguém tem interesse e segundo todo mundo o "mercado" está pagando bem mais. Só sei que deu a doida de não aceitar tamanho abuso e resolvemos procurar outro imóvel. Tiramos o feriadão para procurar. No sábado, primeiro dia de procura, fomos procurar e saímos pelas ruas do bairro e dos bairros vizinhos procurando placas e perguntando preços nos telefones. Foi dureza. Foi batendo o desânimo, pois encontramos poucas ofertas e realmente preços abusivos para imóveis até menores do que o nosso. Os preços de venda chegam a ser ridículos. Um mesmo imóvel que vimos há um ano atrás por 50000, por exemplo, hoje tá por 90000 ou mais. Um total absurdo. No domingo, já não tivemos força para continuar a busca. Ainda fomos ver mais um e anotamos mais alguns telefones. Na segunda tiramos para acordar tarde e depois salão de beleza. À noite, fomos visitar a mãe de Jam que estava internada no ALFA fazendo tratamento dos rins e depois fomos visitar meus pais. Falamos sobre nossa procura, mas Jam terminou suspirando e dizendo que era melhor a gente renovar mesmo tentando conseguir mais um descontinho. Na terça, resolvemos pegar uma prainha para abstrair - fomos em Calhetas. Na quarta liguei para o corretor e chorei e chorei e consegui um preço cerca de 20% "apenas" a mais. Terminamos aceitando renovar por mais um ano e ficar por aqui mesmo.

O assunto nos fez suscitar a vontade de construir uma casinha para não nos preocuparmos mais com aluguel. Há um tempo atrás, meu pai sugeriu a gente fazer um primeiro andar encima da casa dele. No caso, eu poderia dividir o terreno e o gasto com minha irmã, pois a casa do meu pai é grande e cabe duas encima. Voltei a pensar nesse assunto que estava suspenso desde que casei. Outra ideia um pouco mais cara é nós comprarmos um terreno e ir fazendo uma casa.

Só sei que a angústia que passamos com o impasse nos fez repensar a questão do aluguel, visto que o ap que estamos, quando chove, fica bem enxarcado e a gente não queria passar outra chuva aqui. Mas vamos ficando e esperando que esse aquecimento esfrie um pouco para as coisas se tornarem mais possíveis de se pensar ou fazer.

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